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29 de setembro de 2020

CRO-MS alerta para risco de não ir ao Cirurgião-Dentista por conta da pandemia

O Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul (CRO-MS) alerta que deixar de ir ao Cirurgião-Dentista representa um risco para saúde geral da população.

Doenças na cavidade oral podem ser uma porta aberta para que bactérias penetrem na corrente sanguínea e causem doenças mais graves, em órgãos como o pulmão ou o coração. Esse quadro também pode agravar comorbidades como a diabetes, e até mesmo induzir ao parto prematuro em gestantes com problemas bucais.

De acordo com uma pesquisa publicada pela Revista California Dental Association Journal, a periodontite e problemas gengivais se tornaram um dos fatores de risco da Covid-19. Pois tem grande impacto nas infecções respiratórias geradas pelo novo coronavírus. A pesquisa indica que o vírus é mais grave na presença de inflamação causada pela doença gengival, sendo a periodontite uma comorbidade para a Covid-19.

A explicação é de que as bactérias nas gengivas percorrem o corpo e espalham a proteína IL-6, uma substância inflamatória prejudicial. Altos níveis da IL-6 são preditores de insuficiência respiratória - apresentando um risco 22 vezes maior de complicações respiratórias.

A periodontite apresenta riscos para outras doenças que também são relacionadas a taxas mais elevadas de mortalidade da Covid-19, como doenças cardiovasculares e diabetes.

Além desses fatores associados ao novo Coronavírus, a falta da ida regular ao cirurgião-dentista pode causar problemas sérios, pois com o decorrer do tempo, problemas pequenos e fáceis de serem resolvidos podem se transformar em grandes incômodos, infecções e doenças, inclusive que podem levar ao óbito.

Por esses e outros fatores, o CRO-MS destaca que a saúde bucal eficiente é uma importante medida de prevenção contra o novo coronavírus, inclusive com a diminuição do contágio, pois a escovação regular diminui a carga viral da boca.

Biossegurança

Os profissionais da odontologia sempre adotaram medidas de biossegurança nos consultórios ou clínicas, que agora foram adaptadas. Atualmente, os profissionais fazem consultas com intervalos maiores e higienização completa do ambiente entre as consultas, além de realizar uma anamnese completa com cada paciente.

Os profissionais adotaram como procedimentos o uso e troca constante de EPIs completos, como máscaras N-95, face shield, diminuição do uso de aerossóis nos procedimentos, entre outras medidas.