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4 de outubro de 2013

Trabalho sobre odontologia hospitalar é reconhecido em Congresso de Medicina Intensiva

 O trabalho apresentado por um grupo de Cirurgiãs-Dentistas ficou em segundo lugar no V Congresso Centro-Oeste de Medicina Intensiva, realizado em Campo Grande (MS), no mês de agosto.

O evento envolveu profissionais de todas as áreas que atuam no tratamento de um paciente que está em Terapia Intensiva. “Ficamos muito felizes com a premiação. Isso é a prova de que a odontologia está integrada com as equipes multidisciplinares dos hospitais no atendimento ao paciente crítico, principalmente prevenindo complicações bucais que podem inclusive aumentar o tempo de permanência do paciente no hospital. Pra nós é uma honra um trabalho da odontologia ter sido premiado em um congresso de medicina intensiva”, ressalta a presidente da Comissão de Odontologia Hospitalar do CRO-MS, Juliana Setti, e uma das autoras.

Por meio do trabalho “Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica e a Importância da Atuação Odontológica na sua Prevenção”, as profissionais mostraram que a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é uma síndrome infecciosa frequente, de grave evolução, com prognóstico reservado nas unidades que assistem ao paciente crítico. Representa aproximadamente 60% das infecções hospitalares, sendo considerada um problema de saúde publica, com taxas de morbimortalidade significativas. “A relação entre a PAV e a saúde bucal é direta e apesar de não constituir o único fator causal, uma higiene oral  (HO) deficiente pode predispor o paciente de alto risco à colonização do biofilme bucal por patógenos respiratórios”, explica Karla Ferreira Dias Saldanha, uma das autoras do trabalho.

Conforme o trabalho, “a instituição de um protocolo de HO realizado por um cirurgião dentista devidamente capacitado traz benefícios na qualidade de vida e na recuperação dos pacientes, além dos custos dos protocolos preventivos serem menores, podendo chegar a 10% do custo investido no manejo dos pacientes com pneumonia nosocomial instalada. Desta forma se torna essencial que os pacientes da UTI recebam avaliação odontológica constante e HO adequada para prevenir problemas bucais e possíveis complicações locais ou sistêmicas”.

 

Autoras do trabalho: Karla Ferreira Dias Saldanha; Deisi Carneiro da Costa; Ellen Cristina Gaetti-Jardim; Juliana Santiago Setti. Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.