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7 de fevereiro de 2022

Cuidados odontológicos na UTI podem reduzir risco de morte durante a hospitalização

A cavidade bucal é uma das principais portas de entrada de vírus, bactérias e outros microrganismos no corpo humano. Pesquisadores da Faculdade de Medicina (FMRP) e da Escola de Enfermagem (EERP), ambas da USP em Ribeirão Preto, comprovaram que a adequada higiene bucal associada ao tratamento odontológico de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode reduzir o risco de morte durante a hospitalização.

O estudo foi realizado em duas UTIs do Hospital das Clínicas da FMRP, sendo uma delas uma UTI geral clínico-cirúrgica, que recebe pacientes com doenças crônicas descompensadas ou em pós-operatório, e outra uma UTI especializada em emergências, que atende pacientes que sofreram politraumatismo ou infecções graves.

A intervenção odontológica foi realizada em 2019 e a análise comparativa dos dados retroativos foi de 2016, 2017 e 2018 nas mesmas unidades. “É um tipo de pesquisa que avalia se a implementação de uma intervenção modifica a tendência de um desfecho de interesse, comparativamente ao observado anteriormente à implementação da intervenção, na mesma população”, explica Wanessa Teixeira Bellissimo Rodrigues, dentista com pós-doutorado pela FMRP.

A higiene bucal adequada associada ao tratamento odontológico dos pacientes internados reduziu em 21,4% o risco de morte, mostra estudo.

Dentista atuando na UTI

Apesar de comprovar a importância do dentista na UTI, os procedimentos em pacientes internados com ventilação mecânica devem ser feitos com atenção redobrada. Dessa forma, os pesquisadores apontam a importância de os profissionais serem capacitados e receberem treinamentos em cursos de especialização ou residência.

“A busca por aprimoramento é muito importante porque os pacientes atendidos em UTI apresentam um grau de complexidade sistêmica muito superior àqueles atendidos em consultórios. Portanto, o profissional tem que estar devidamente treinado para que seu atendimento os auxilie na recuperação da saúde, sem lhes causar qualquer prejuízo”, afirma Wanessa.

Fonte: Jornal da USP